Um ensaio pioneiro sobre a expansão da consciência por meio de alucinógenos, baseado no Livro Tibetano dos Mortos.

Nos anos 1960, o LSD se transformou em um símbolo dos movimentos de contracultura, que acreditavam na substância como um meio de expansão da consciência. A psicodelia se tornou um marco para cultura pop, influenciando bandas como The Beatles e Pink Floyd. Ainda assim, o uso de alucinógenos permaneceu um tabu monumental.
A experiência psicodélica busca fazer uma reavaliação desse consumo como um modo de transformação do comportamento e da personalidade, levando em conta os aspectos positivos e negativos de seu consumo no curto e no longo prazos. Os capítulos fazem uma interpretação do Livro Tibetano dos Mortos, funcionando como um manual de cada fase da imersão psicodélica.
O livro foi coescrito pelo ícone da contracultura Timothy Leary, que teve uma experiência avassaladora com psilocibina no México em 1960. Ao retornar para sua posição de professor em Harvard, ele iniciou uma série de experimentos que resultou na publicação de A experiência psicodélica, em conjunto com outros dois psicólogos: Ralph Metzner e Richard Alpert. Ao longo dos anos, a obra se tornou um ponto de partida para quem, de outra forma, mergulharia em uma viagem alucinógena sem qualquer contextualização.

A experiência psicodélica foi uma das principais influências para uma geração de jovens que buscava formas de expandir a consciência durante os movimentos de contracultura dos anos 1960. Em um contexto de contestação social e política, o uso de psicodélicos surgiu como uma forma de atingir um estado de paz interior e partir em uma jornada de autoconhecimento.
Especialmente entre os músicos que marcaram os anos 1960, a figura de Timothy Leary foi uma inspiração. Sua obra foi base para a música Tomorrow Never Knows (1966) de The Beatles e ele é citado diretamente em uma canção do musical Hair (1967). Ele também é a figura por trás da música Come Together (1969), composta por John Lennon.
Em conjunto com Metzner e Alpert, em A experiência psicodélica Leary narrara uma jornada paralela à de morte e renascimento presente no Livro Tibetano dos Mortos, fazendo uma ponte com o budismo tibetano que foi outra grande influência para a contracultura norte-americana.
A edição publicada pela primeira vez no Brasil pela Editora Goya conta com capa de Giovanna Cianelli, tradução por Carol Besimon e uma introdução especial por Nathan Fernandes, além de uma diagramação especial com um texto que muda de cores ao longo dos capítulos, proporcionando uma verdadeira experiência psicodélica ao leitor.