Os fenômenos de massa são o grande tema debatido em Psicologia das massas e análise do eu, bem como a sua relação com tudo o que sentimos e pensamos quando os outros “não estão olhando”: a inveja, o preconceito e o ódio.

Como uma pedra atirada num lago, Psicologia das massas e análise do eu: Solidão e multidão, de Ricardo Goldenberg, cria círculos em torno da afirmação fundamental de Freud em Lozi: a psicologia individual isolada, estrito senso, não existe. Tudo o que ocorre a cada um de nós relaciona-se inevitavelmente com o que ocorre ao grupo ao qual pertencemos. Os fenômenos de massa são o grande tema debatido neste livro, bem como sua relação com tudo o que sentimos e pensamos quando os outros “”não estão olhando””: a inveja doída daquele que sempre tem algo que nos falta, o ódio – a duras penas reprimido – ao diferente.

Goldenberg, apoiado nas teses de Gustave Le Bon, analisadas por Freud em seu texto, estende sua pena/faca afiada para as relações típicas do homem contemporâneo utilizando-se, para tanto, do grande mediador dos discursos da atualidade: a cultura de massas. Em seu protesto veemente contra a onipresença do “”politicamente correto””, o autor não poupa referências à música pop, à literatura, aos filmes, às séries de TV e até mesmo aos comerciais.

Psicologia das massas e análise do eu: Solidão e multidão, é uma obra de grande importância para referenciar a psicanálise de Freud.

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